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Foi como autodidata que fiz meus estudos sobre todos os assuntos que abordo aqui. Passei a ter um contato mais profundo com a filosofia, religiosidade, política e entre outros assuntos, algumas das influências em meu pensamento e minha visão de mundo estão os nomes Nietzsche, Schopenhauer, Russell, Dawkins e Karl Marx. Em todo caso, vê-se que meus principais interesses gravitam ao redor da filosofia, religião e da política.

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Liberdade Para Nietzsche

Nietzsche, em seu filosofar, não pode ser identificado como um filósofo portador de um discurso periculoso e trágico. Pelo contrário, essa suposta carga negativista e pessimista que se verifica nos seus escritos, ressoam, em quase todas as suas abordagens, como um manifesto de reivindicação e de superação da condição existencial humana.

Em Nietzsche e a Liberdade o autor apresenta ainda a estrutura da perspectiva trágica ao abordar o paradoxo da noção nietzschiana que faz do ser humano aquele que é livre ao acatar a necessidade, e que aceita, por isso, as forças presentes no jogo dionisíaco da vida.

Nietzsche e a Liberdade deve e pode ser lido tanto por aqueles que estão se iniciando no pensamento de Nietzsche quanto por aqueles que estão mergulhados nesse fascinante universo porque alia, de forma prazerosa, clareza e profundidade

Para Nietzsche, a moral, a religião e a metafísica consideram o homem livre, dotado de uma suposta vontade autônoma, no intuito de torná-lo imputável pelos seus atos, arrogando-se o direito de julgá-lo e condená-lo.

Esta tradição normativa emprega conceitos abstratos – ‘sujeito’, ‘vontade’, ‘causalidade’ etc – com a finalidade oculta de controlar as ações do homem...

“A liberdade – junto com a noção de ‘pecado’ – é um ‘instrumento de tortura’ nas sociedades organizadas sacerdotalmente.”

A concepção nietzschiana de liberdade, mostrando o quanto ela se afasta radicalmente da concepção moral e como se aproxima da criação e da arte, uma vez que tal concepção estaria fundamentada na autonomia do homem, criador incessante de valores.

De acordo com essa perspectiva positiva, o livre-arbítrio humano é criador, ou seja, o ser humano teria a capacidade de fixar continuamente novos valores, desfazendo e refazendo avaliações. Portanto, para além do bem e do mal estabelecidos pela moral e pela religião, tal como um artista, o homem criador estaria no devir de construir e destruir formas, avaliações, valores, estabelecendo novas interpretações, e nessa "arte de viver" ele próprio se constituiria.

Fonte(s):

Em seu livro "Assim falou Zaratustra", Nietzsche destaca a necessidade do anúncio do super-homem.